Quais os interesses por traz do carro elétrico

*Por Edmundo Barbosa, presidente do Sindalcool

Os mesmos que defendem os veículos elétricos para outros países preferem usar o carvão e a energia nuclear para aquecer seus negócios. E abastecem seus veículos elétricos com a energia do carvão.

Os grupos de interesse do carro elétrico tem levado aos legisladores de Estados do Nordeste a equívocos ilusórios e contra a agroindústria do etanol, a pretexto de modernidade de “faz de conta”. A Empresa de Pesquisas Energéticas tem apontado que não haveria forma de garantir o crescimento das fontes solar e eólica na região, se não houvessem as termoelétricas da energia da cana através do bagaço. E as usinas térmicas a óleo e ou a gás dos estados nordestinos instaladas para suprir a demanda de energia firme.

Somente na Paraíba e Alagoas, o setor sucroenergético junto com os governos desses Estados e as Assembleias Legislativas evitaram até agora, projetos do tipo copiar e colar para zerar o IPVA para carros elétricos. O mapa dos estados incentivadores de empregos em outras regiões inclui os estados de Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão.

Essa medida é contrária aos próprios Estados e aos produtores de etanol que geram mais de 300.000 empregos no Nordeste. Essa armadilha tributária aos estados nordestinos segue fazendo escola com o material publicitário publicado no Jornal O Estado de São Paulo sob o título Porque o carro elétrico polui menos que a combustão.

Na matéria foi deixado de informar que o etanol tem intensidade energética muito superior às baterias dos carros elétricos. Deixou-se ainda de mencionar as jazidas de metais raros adquiridas por empresas internacionais em países como o Congo e outro, onde o trabalho infantil justifica os ganhos.

A matéria escamoteou o relatório, “Eficiência Energética Sustentável da  Associação de Engenharia Automotiva”,  publicado em consulta pública recente do Ministério das Minas e Energia, que indica o etanol como o caminho adequado para a redução das emissões através do abastecimento, e a conversão por célula combustível para garantir o suprimento de energia nos modelos que vem sendo testados e aprovados em que o etanol fornece a energia do hidrogênio para a autonomia que não seria possível com o carro elétrico 1.0.

Vemos acompanhar, como acontecem as coisas em países defensores do carro elétrico no texto de Tyler Durden, publicado no site conceituado zerohedge.com e no 21stCenturyWire.com. No referido texto, pudemos conhecer a contribuição do nordeste da Alemanha que aquece o rigoroso inverno daquele país.

Quase uma semana depois que luminares de Davos se reuniram com líderes mundiais e oligarcas do Vale do Silício para traçar sua última fase da Grande Restauração, a origem subjacente de toda a tese de “emergência climática” ainda está lutando para corresponder à realidade.

A muito celebrada agenda “Carbono Zero”, que líderes políticos como Justin Trudeau, Boris Johnson e Joe Biden estão defendendo atualmente – está se revelando muito mais difícil de alcançar na realidade do que em seus elaborados slides PowerPoint da Agenda 2030 na ONU, contendo projeções modeladas por computador e chamadas de zoom.

A realidade trouxe uma heróica vítima. Aplaudida nacionalmente por seis minutos, comoveu o mundo com a sua saída do cenário político.  Ninguém está sendo atingido por essa realidade preocupante mais do que a principal pioneira ecológica da Europa, a chanceler alemã Angela Merkel, cujo país está atualmente sofrendo o congelamento recorde da Europa neste inverno.

A Alemanha é considerada o centro mundial da energia eólica e solar. Fontes mencionadas para abastecimento alternativo da frota de carros elétricos. Mas, no momento, a energia ‘verde’ não pode ser comprada, a qualquer preço na Alemanha.

Seus milhões de painéis solares estão cobertos de neve e gelo e o tempo gelado e sem fôlego, está encorajando suas 30.000 turbinas eólicas a continuarem imóveis. Esses equipamentos requerem o fornecimento constante de eletricidade da rede que essas coisas consomem, aquecendo seu funcionamento interno para que não congelem totalmente.

Na Alemanha há um “chega de transição” para um futuro totalmente movido a vento e sol – também conhecido como ‘Energiewende’ Os alemães usam hoje somente energia suja do carvão para abastecer os seus velozes veículos elétricos. A energia elétrica representa 0 a 2% no inverno alemão.

Então, o que acontecerá no futuro naquele país?

O repórter afirma que o plano é que a Alemanha passará a depender mais do gás natural (da Rússia), da energia a carvão da Polônia e da energia nuclear da França.

Lá, há um reconhecimento da estupidez e da obstinação de energia verde em declarações públicas na Alemanha.

O Nordeste brasileiro precisa valorizar a sua cana de açúcar que gera bioeletricidade e empregos. O Nordeste do Brasil tem a seu favor a cana que transforma energia solar em energia combustível do etanol.